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By Ferramentas Blog

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Berlim é a cidade europeia com melhor qualidade do ar


 Berlim deu um bom exemplo em como aumentar a utilização de transportes alternativos 

Berlim, seguida de Estocolmo e Copenhaga, é a cidade europeia que mais trabalha para melhorar a qualidade do ar, segundo uma lista divulgada hoje e que avalia o desempenho de 17 urbes. Roma surge em último.

O primeiro lugar desta lista vai para Berlim, um reconhecimento dos seus esforços para reduzir a emissão de partículas poluentes para a atmosfera e para reduzir a utilização dos automóveis. “Berlim deu um bom exemplo de uma estratégia a longo prazo para tirar as pessoas dos seus carros e pô-las nos transportes públicos, em bicicletas ou a caminhar”, escreve uma das entidades responsáveis pela lista, o European Environmental Bureau (EEB).

Estocolmo e Copenhaga seguem-se a Berlim, por terem os melhores incentivos económicos, como taxas para os veículos que entrem nas cidades e medidas relativas ao estacionamento.

No extremo oposto surgem Roma, Milão e Dusseldorf. A meio da lista estão Viena, Zurique, Amesterdão, Lyon, Glasgow, Graz, Paris, Bruxelas, Londres, Madrid e Estugarda.

“A má qualidade do ar é um grave problema na maioria das cidades europeias”, lembra o EEB. Na verdade, nas cidades mais poluídas, a esperança média de vida foi reduzida, em média, em dois anos. Na União Europeia, a poluição do ar custa cerca de 500 mil mortes prematuras todos os anos. Em termos económicos, custa entre 277 e 790 mil milhões de euros por ano.

Esta lista foi elaborada por uma coligação de organizações não governamentais de ambiente, coordenada pelos Amigos da Terra na Alemanha em cooperação com o EEB. As 17 cidades foram escolhidas por serem semelhantes a nível dos problemas de qualidade do ar, níveis de poluição, importância política, dimensão ou porque têm boas práticas. A lista baseou-se em critérios como gestão de trânsito, transportes públicos, informação ao público e medidas técnicas e as cidades foram avaliadas por aquilo que fizeram entre 2005 e 2010.




Incêndios consumiram menos 73% de floresta do que em 2010



Entre Janeiro e Agosto foram afectados 10.452 hectares de povoamentos florestais e 23.554 de matos 

Os incêndios florestais consumiram até ao fim de Agosto 34 mil hectares, menos 73 por cento que em igual período do ano passado, revelam dados provisórios da Autoridade Florestal Nacional (AFN) divulgados nesta terça-feira.

Segundo o relatório provisório de incêndios florestais, entre 1 de Janeiro e 31 de Agosto arderam 34.006 hectares de florestas, enquanto no mesmo período do ano passado a área ardida situava-se nos 125.225.

A AFN adianta que entre Janeiro e Agosto foram afectados 10.452 hectares de povoamentos florestais e 23.554 de matos. Também as ocorrências de fogo diminuíram este ano, tendo-se registado até ao fim de Agosto 15.181, menos 2231 que no mesmo período do ano passado, quando se verificaram 17.412 ocorrências.

Os dados provisórios indicam também que o maior número de ocorrências se registou no distrito do Porto, sendo que das 4335 ocorrências registadas, 90 por cento correspondem a fogachos, afectando áreas inferiores a um hectare.

Os distritos de Braga, Viseu, Viana do Castelo e Aveiro apresentam também um número elevado de ocorrências.

Segundo a AFN, 41 por cento da área ardida entre Janeiro e Agosto ocorreram nos distritos de Bragança (5.089), Guarda (4.687) e Braga (4.095) com áreas superiores a quatro mil hectares. O relatório conclui, igualmente, que o mês de Julho é o que regista maior número de ocorrências (4.387) e Agosto o que concentra a maior área ardida (12.771 hectares).

Segundo o documento, 70 por cento da área ardida deste ano concentrou-se nos meses de Julho e Agosto.

Os dados provisórios referem ainda que até Agosto registaram-se 54 grandes incêndios (área total afectada igual ou superior a 100 hectares), correspondendo a 51 por cento do total da área ardida.

A época mais crítica em incêndios florestais, conhecida pela “Fase Charlie”, prolonga-se até 30 de Setembro. 

Movimentos sociais protestam contra Belo Monte

Centenas de pessoas aproveitaram o tradicional Grito dos Excluídos para protestar contra a construção da usina hidrelétrica 


 Manifestação desta quarta-feira não é a primeira; dezenas de protestos já ocorreram antes contra a construção da usina


Portando cartazes e gritando palavras de ordem, centenas de integrantes de movimentos sociais e organizações ambientalistas aproveitaram o tradicional Grito dos Excluídos promovidos há décadas pela Igreja Católica no 7 de Setembro, para protestar contra a construção da Usina de Hidrelétrica de Belo Monte na Volta Grande do Xingu entre os municípios de Vitória do Xingu e Altamira no Pará. 

Segundo integrantes do Movimento Xingu Vivo para Sempre, o objetivo dos atos é exigir a paralisação da hidrelétrica por causa dos altos custos sociais e ambientais. Na semana passada, o Ministério Público Federal impetrou a 13ª Ação Civil Pública contra Belo Monte, por danos irreversíveis à natureza e consequente deslocamento de comunidades indígenas.

"O objetivo é alertar os governos e a sociedade mundial sobre os impactos que serão causados pela hidrelétrica, como a derrubada de 500 quilômetros quadrados de área da floresta Amazônica", disse Antonia Melo.

Além de Belém, Santarém e Itaituba no Pará, as manifestações aconteceram em mais dez estados.

Os ativistas prometem manter os atos até o fim do ano. No próximo sábado, dia 10, eles realizarão uma grande manifestação durante a Feira Pan Amazônica que reúne escritores de todos os países que fazem parte da floresta.

Belo Monte é considerada a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. Segundo o governo, a usina deverá entrar em funcionamento em 2015 e deve gerar 11 mil megawatts de energia, o que corresponde a 10% de toda a produção atual.



Outdoor que usa energia solar e eólica é lançado na Inglaterra

O painel de Londres, com três metros de altura e doze de largura, foi instalado em uma estrada que liga a capital inglesa ao aeroporto de Heathrow


O outdoor utiliza apenas energia solar e eólica, por isso o seu funcionamento depende das condições atmosféricas

As duas fontes de energia são armazenadas e usadas para iluminar o outdoor, cujas luzes são acesas somente quando há energia suficiente recolhida, ou seja, o funcionamento depende muito das condições atmosféricas.

Em 2010, a empresa já havia lançado um painel de publicidade exclusivamente por energia solar na Times Square, em Nova York (EUA). Este ano já instalou mais duas placas, uma solar em Sidney, na Austrália e esta com as duas fontes de energia.

O modelo de Londres, com três metros de altura e doze de largura, foi instalado em uma estrada que liga a capital inglesa ao aeroporto de Heathrow.

A iniciativa faz parte do projeto da empresa em gerar energias alternativas. Ao longo dos anos, várias ações foram introduzidas para que o Grupo Ricoh alcance sua meta de reduzir seu impacto ambiental em 87,5%, em relação aos níveis de 2000, até 2050.

Ciclo Vivo 

Plano dos Resíduos Sólidos: saiba como contribuir na consulta pública

Diariamente, o Brasil produz 150 mil toneladas de lixo, das quais 40% são despejadas em aterros a céu aberto/Foto: Arquivo ABr

O Plano Nacional dos Resíduos Sólidos, parte fundamental para a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, está disponível na internet desde segunda-feira, 5 de setembro, em versão preliminar. Além das contribuições via web, a sociedade brasileira também poderá fazer sugestões ou propor novos itens por meio de cinco audiências públicas regionais, distribuídas pelas regiões do país, e uma nacional, de consolidação.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a versão preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos compreende o diagnóstico da situação atual dos diferentes tipos de resíduos, os cenários macroeconômicos e institucionais, as diretrizes e estratégias, e as metas para o manejo adequado dos resíduos sólidos no Brasil.

O documento foi elaborado pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, tendo por base o diagnóstico da atual situação dos resíduos sólidos no Brasil, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e os debates realizados no âmbito do Comitê Interministerial, formado por 12 ministérios relacionados com o setor.

Para participar através da internet, basta fazer o download do formulário disponível no site do MMA, preenchê-lo com os dados básicos e, em seguida, enviar o documento ao Comitê Interministerial até o dia 7 de novembro. As contribuições podem ser feitas levando-se em conta os capítulos 3 e 4 do plano: “Diretrizes e Estratégias” e “Metas”, respectivamente. O internauta tem a opção de referir-se ao texto atual publicado e à proposta em si, mencionar a página citada e apresentar justificativa.

Já o calendário das Audiências Públicas Regionais, cujas inscrições também podem ser feitas via internet, ficou definido da seguinte forma:

Setembro:

13 e 14 – Região Centro-Oeste: Campo Grande/MS (participação de Goiás, Mato Grosso e DF)

Outubro:

04 e 05 – Região Sul: Curitiba /PR

10 e 11 – Região Sudeste: São Paulo

13 e14 – Região Nordeste: Recife/PE

18 e 19 – Região Norte: Belém/PA

*publicado originalmente no site EcoD.



Energia nuclear argentina contra a corrente



Enquanto a tendência no mundo industrializado é frear os planos de desenvolvimento da energia nuclear devido ao sinistro de 11 de março no Japão, na Argentina aumenta a capacidade das centrais existentes e são erguidos novos reatores. Alemanha e Suíça estabeleceram prazo fixo para suas centrais, um plebiscito na Itália mostrou uma grande rejeição a esta tecnologia e na França estuda-se reduzir os investimentos no setor.

Entretanto, isso está longe de ocorrer na Argentina, onde o governo de Cristina Fernández assinou, na última semana de agosto, contratos para prolongar a vida útil de uma das duas centrais existentes no país, anunciou que está perto de inaugurar a terceira e promete uma quarta para antes de 2020. E tudo isso apesar de a maioria dos argentinos – embora não o expresse ativamente – estar contra continuar investindo neste tipo de energia cara e perigosa, segundo pesquisa encomendada este ano pelo Greenpeace local. A pesquisa mostra que 66% dos entrevistados consideram a energia nuclear “perigosa” ou “muito perigosa”, 74% afirmam que deveria ser eliminada esta opção da matriz energética e apenas 16% querem aumentá-la.

Em conversa com a IPS, o engenheiro Ernesto Boerio, do Greenpeace, recordou que o plano nuclear, que esteve parado nos anos 1990, voltou em 2006 e se expande vigoroso, apesar do impacto do terremoto e posterior tsunami de março nas centrais japonesas de Fukushima. “Por necessidade de eletricidade, o governo avança em todas as frentes, mas porque, na Argentina, o setor nuclear tem seu peso, seu poder, e conseguiu continuar influindo sobre a direção política para manter os investimentos”, acrescentou.

A Argentina é um dos três países latino-americanos, junto com Brasil e México, que podem desenvolver um programa nucelar e, embora esse projeto hoje tenha fins pacíficos, nasceu sob a órbita militar com a ideia de dominar a tecnologia. Desde 1974, opera no país Atucha I, na província de Buenos Aires, a apenas cem quilômetros da capital nacional, com potência de 370 megawatts (MW), e desde 1984 está funcionando Embalse, na província de Córdoba, com 648 MW.

Na década de 1990 o plano parou, mas, em 2006, foi retomada a obra interrompida de Atucha II, que será inaugurada no ano que vem e fornecerá 745 MW. Além disso, está em estudo uma quarta central, com 1.000 MW, para 2020. Atualmente, a contribuição nuclear para a matriz energética argentina é de 5% a 7%. Com Atucha II, que fica ao lado de Atucha I, chegaria a 12%. Também existe um novo protótipo de reator projetado na Argentina, o Carem. É pequeno, de 50 MW, e para pesquisas, mas, segundo Boerio, pode ser convertido em uma central.

Neste contexto, o governo acaba de assinar acordos para prolongar a vida útil de Embalse e aumentar sua potência. O Ministério do Planejamento e os órgãos governamentais do setor se comprometeram a investir US$ 1,366 bilhão, dos quais US$ 440 milhões são contratos com firmas estrangeiras, para prolongar a vigência de Embalse.

A iniciativa causou indignação na Fundação para a Defesa do Ambiente (Funam), com sede em Córdoba, onde fica Embalse. A organização denunciou que a decisão do governo é “ilegal”, segundo disse à IPS seu diretor, Raúl Montenegro. “Além de não fazer o estudo de impacto ambiental correspondente, não houve nenhum tipo de consulta e nem audiência pública. Parece que esse tipo de ferramentas de controle são apenas enfeites quando se trata de energia nuclear”, ressaltou.

Para Montenegro, que recebeu o prêmio Nobel Alternativo em 2004, “o programa nuclear argentino continua tendo o mesmo componente de autoritarismo e de segredo com que nasceu durante governos militares”. E acrescentou que “é como se a democracia não tivesse chegado à área nuclear. Em lugar de organismos nucleares se democratizarem, conseguiram convencer os governos constitucionais a manterem procedimentos secretos e não realizar consultas”.

Montenegro não descarta a existência de funcionários que acreditam de boa fé na energia nuclear como símbolo do desenvolvimento, mas disse que não há nenhuma relação entre o “raquítico” aporte de 5% ou 7% de eletricidade e o custo que tem o programa. “Na Argentina, o desenvolvimento não nasceu com a ideia de produzir eletricidade”, alertou, dizendo que não só o governo “se deixou convencer pelo lobby nuclear como a sociedade não teve um debate amplo sobre este tema”, acrescentou. Para este ativista, Embalse é particularmente perigosa por estar sobre uma falha onde foram registrados tremores de diversa magnitude no Século 20. Além disso, recordou que a central apresentou múltiplos incidentes por falta de projeto nos reatores.

Entretanto, não é só a usina que causa preocupação, mas os depósitos de combustível esgotado, que estão junto das centrais e que mantêm o risco por 240 mil anos. Essa ameaça se multiplica ao prolongar a vida útil de Embalse, alertou Montenegro. As autoridades asseguram que para essa prolongação serão feitos estudos sísmicos em Embalse, mas o ativista recordou que não é apenas esta a ameaça. Também pode haver incidentes internos, atentados terroristas ou acidentes aéreos sobre a central.

A Funam denunciou que os moradores da área de Embalse e os vizinhos de Atucha não estão preparados para um acidente. As simulações são feitas apenas a dez quilômetros à sua volta, mas em caso de um acidente a radiação pode chegar a 500 quilômetros, alertou. “Não preparam as pessoas para não levantarem o assunto, mas o risco existe e é aterrador”, advertiu a entidade. Somente em Rosário, segundo a Funam, uma cidade muito povoada da província de Santa Fé, o risco é múltiplo porque está ao alcance de Embalse e de Atucha que se prepara para ser um parque atômico, como o de Fukushima.

Envolverde/IPS 

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Pesquisadores querem produzir protetor solar em forma de comprimido



 Pesquisadores da Universidade King's College, de Londres, estão estudando os processos genéticos e bioquímicos dos corais a fim de utilizar seu sistema de defesa natural na produção de pílulas de proteção solar. | Imagem: Carlos Sanchez

Pesquisadores da Universidade King's College, de Londres, estão estudando os processos genéticos e bioquímicos dos corais a fim de utilizar seu sistema de defesa natural na produção de pílulas de proteção solar.

Já é conhecida pelos cientistas a eficiência dos corais e de algumas algas em proteger-se dos raios ultravioleta do sol (UV) em climas tropicais, porém não era claro, até então, como ocorria o processo de produção de seus próprios filtros solares.

Para a análise, os pesquisadores visitaram a Grande Barreira de Corais da Austrália e estudaram, em especial, uma espécie ameaçada de coral Acropora. A partir de então, eles concluíram que é possível reproduzir em laboratório os principais componentes da proteção solar.

"O que nós descobrimos é que as algas que existem dentro dos corais produzem um componente que acreditamos ser transportado para o coral, que então o transforma em um protetor solar, tanto para benefício próprio quanto da alga", afirma o professor Paul Long, líder da equipe.

De acordo com ele, a proteção aos danos dos raios UV é passado aos peixes que se alimentam do coral, ou seja, os benefícios são levados na cadeia alimentar.

A intenção é produzir comprimidos, contendo os componentes que ajudem a própria pessoa a desenvolver uma proteção solar interior para sua pele. Logo serão feitos os primeiros testes em pele humana. Antes disso, porém, a equipe pretende testar uma loção com os mesmos elementos encontrados no coral.

Para fazer a suposta loção, os pesquisadores copiarão o código genético usado pelos corais para criar os componentes e colocá-los, em laboratório, dentro de bactérias que se reproduzem rapidamente. Tudo isto é devido à preocupação de “não usar o coral em si”, como diz Long, uma vez que ele é uma espécie ameaçada.

O estudo, com financiamento do Conselho de pesquisa em Ciências Biotecnológicas e Biológicas britânico, também irá verificar a possibilidade de utilizar os componentes naturais em lavouras e assim desenvolver a agricultura sustentável. Com informações da BBC.


Redação CicloVivo
Escola em Seattle recebe certificação ambiental LEED Gold


Para receber a certificação LEED Gold foi incluído no projeto ventilador com painéis fotovoltaicos, telhado verde, ventilação natural, móveis sustentáveis entre outros. | Imagem: © Benjamin Benschneider

Projetada pela Miller Hull Partnership, a Escola Epiphany foi recentemente premiada com a certificação LEED Gold. A escola abriu em 2010 como uma expansão da pré-escola K-5 em Seattle, nos EUA. O projeto contém um novo prédio de salas de aula e um espaço de arte pública.

A fim de abrir caminho para o novo prédio, quatro casas foram removidas do local sendo que duas delas foram relocadas para outra parte da cidade. O caráter do projeto arquitetônico imita a escala do bairro e é composto por telhados individuais.

A meta de alcançar a certificação LEED Gold incluiu ventiladores com painéis fotovoltaicos, telhado verde, ventilação natural, móveis sustentáveis, plano de gestão sustentável da terra e um piso de alta eficiência de aquecimento.

A ventilação natural é fornecida a partir de janelas operáveis ​​e cada sala de aula tem uma chaminé ou poço coberto com dois ventiladores movidos a energia solar. Quando a temperatura na sala atinge um determinado nível, a grelha para a chaminé abre. Em seguida, os ventiladores ajudam a tirar o ar quente da sala pela chaminé. Os alunos podem testemunhar o movimento do ar através do espaço quando um dispositivo escultural suspenso começa a balançar e girar.

Como um complemento às suas características ambientalmente corretas​​, o currículo escolar da instituição tem sido desenvolvido para usar o edifício como uma ferramenta de ensino para a sustentabilidade e conservação de energia. Uma parede de destaque, localizada no prédio, possui textos educativos e gráficos onde os alunos podem mapear o consumo de água, gás, energia elétrica e solar do edifício.

Os alunos também participam de um programa de iniciação "Pitchfork to Plate" nos canteiros do jardim e termina na cozinha. O objetivo é atingir até mesmo o mais jovem dos estudantes através da compreensão de práticas ambientais responsáveis​​, para que possam conduzir a sua geração em um futuro sustentável, saudável e verde.

"Estamos muito animados que a Escola Epiphany está desenvolvendo um programa especial com base nos atributos sustentáveis ​​do seu novo edifício e sua relação com o meio ambiente", disse Robert Hull, sócio da Miller e arquiteto da escola. "Desde o ensino no jardim utilizando captação de águas pluviais à iluminação e ventilação natural, e ventiladores movido a energia solar, este edifício vai ser um participante ativo na experiência educacional de cada aluno para os próximos anos." Com informações ArchDaily e Miller Hull.

Mitsubishi investe em tecnologia de spray que absorve energia solar


A Mitsubishi Chemical Corp desenvolveu um spray de células solares que pode ser aplicado como uma tinta em superfícies diversas. Alguns exemplos são edifícios, veículos e até roupas. Desta forma, a tecnologia limpa pode ser aproveitada em inúmeras áreas.

As células usadas possuem compostos de carbono que atuam como semicondutores e geram energia quando expostos à luz. De acordo com a empresa japonesa, o spray é recomendável para superfícies curvas ou redondas, como chaminés ou barreiras de redução de ruído.

Usando o spray, a placa solar fica com menos de um milímetro de espessura e pesa menos de um décimo de painéis solares de silício de cristalino (tecnologia mais comum) do mesmo tamanho.

O protótipo tem, por enquanto, eficiência de 10%, porém a Mitsubishi espera aumentar o percentual para mais de 15% até 2015. A empresa também pretende trabalhar com fabricantes de automóveis domésticos para construir um revestimento de carro com as novas células solares. Neste caso, o objetivo seria o veículo ter a capacidade de viajar. Com informações do The Independent.

Crédito da imagem: Mitsubishi Chemical Corp


 Ladrilhos de OLED reversíveis iluminam cidades com energia solar

  
Sabemos há muito tempo que os OLEDs (sigla em inglês para diodos orgânicos de emissão de luz) estão prestes a mudar o mercado de eletro-eletrônicos graças à sua eficiência energética, mas e quanto a aplicações em larga escala, como iluminar fachadas e edifícios?

Os UrbanTiles, uma criação do designer israelense Meidad Marzan, oferece um vislumbre de como os OLEDs poderiam iluminar a paisagem das nossas cidades, na forma de ladrinhos de duas faces, reversíveis. De um lado, há células fotovoltaicas que armazenam a energia solar durante o dia; do outro, OLEDs que brilhariam utilizando essa energia durante a noite. Montado sobre uma superfície, esse tabuleiro de ladrinhos que coletam e emitem luz poderia mudar a iluminação noturna das cidades. Neste vídeo, confira como seriam os edifícios recobertos por OLEDs:
 


Os UrbanTiles também foram projetados para serem interativos, oferecendo aos habitantes das cidades a possibilidade de alterar a configuração dos ladrinhos que serão acesos, criando telas urbanas de luz.

Marzan explica:

“A cidade e seus edifícios são objetos de luz épicos que emitem energia até o espaço sideral. Durante o dia, a cidade absorve uma grande quantidade de energia solar, que é totalmente desperdiçada. O ciclo da luz e da iluminação no espaço urbano gerou uma intervenção no design, que ao lado de outros valores urbanos, constitui a base deste projeto”. 





Com sua flexibilidade, brilho, espessura e baixo consumo de energia, os OLEDs são grandes candidatos a substituir outras tecnologias, o único obstáculo atual ao seu alto preço. Mas os designers verdes preveem seu uso em toda parte – de celulares a monitores, de laptops a jogos, e até em roupas e papéis de parede. Anteriormente, a Mitsubishi criou um impressionante globo de OLED de seis metros de altura em um museu de Tóquio, usando 10.362 painéis – portanto, talvez seja só uma questão de tempo até ver um desses em um edifício perto de você.

Reciclagem de dióxido de carbono



Pesquisadores da Unesp de Presidente Prudente descobrem molécula capaz de capturar o gás atmosférico e convertê-lo em compostos que poderão ser utilizados no futuro por indústrias químicas (reprodução)

A contribuição do excesso de emissão de dióxido de carbono (CO2) para as mudanças climáticas globais tem levado a comunidade científica a buscar formas mais eficientes para estocar e diminuir o lançamento do composto para a atmosfera.

Um novo estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Química Orgânica Fina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Presidente Prudente, abre a perspectiva de desenvolvimento de tecnologias que possibilitem capturar quimicamente o gás atmosférico e convertê-lo em produtos que possam ser utilizados pela indústria química para substituir reagentes altamente tóxicos utilizados hoje para fabricação de compostos orgânicos usados como pesticidas e fármacos.

Derivadas de um projeto de pesquisa apoiado pela FAPESP por meio do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes, as descobertas do trabalho, intitulado “Estudo da fixação e ativação da molécula de dióxido de carbono com bases nitrogenadas”, foram publicadas na revista Green Chemistry, da The Royal Society of Chemistry.

O estudo demonstrou, pela primeira vez, que uma molécula, denominada DBN (uma base orgânica nitrogenada), é capaz de capturar dióxido de carbono, formando compostos (carbamatos) que podem liberar CO2 seletivamente a temperaturas moderadas. Dessa forma, a molécula poderá ser utilizada como modelo para pesquisas sobre a captura seletiva de dióxido de carbono de diversas misturas de gases.

“Essa descoberta abre perspectivas sobre como poderemos fazer com que o composto resultante da ligação da DBN com o dióxido de carbono se forme em maior quantidade. Para isso, temos que estudar possíveis modificações em moléculas que apresentem semelhanças estruturais e funcionais com a DBN para que o composto seja mais eficiente”, disse Eduardo René Pérez González, principal autor do estudo, à Agência FAPESP.

De acordo com o professor da Unesp, já se sabia que a DBN é capaz de capturar dióxido de carbono na presença de água. Por esse processo, a molécula retira um hidrogênio da água, ganha uma carga positiva (próton) e gera íons hidroxílicos (negativos) que atacam o dióxido de carbono, formando bicarbonatos.

Até então, entretanto, não se tinha demonstrado que o composto também é capaz de capturar CO2, formando carbamato, por meio de uma ligação nitrogênio-carbono tipo uretano, que tem relação direta com um processo biológico em que 10% do dióxido de carbono do organismo humano é transportado por moléculas nitrogenadas.

Em função disso, o processo também poderia ser utilizado para o tratamento de determinadas doenças relacionadas com a quantidade de CO2 e seu transporte no organismo.

“Essa descoberta nos leva a pensar que também poderíamos utilizar esse trabalho para fins bioquímicos, tentando, por exemplo, melhorar esse processo para tratamento de doenças relacionadas à concentração de dióxido de carbono nas células e alguns tecidos, como o pulmonar”, disse González.

Já na área industrial, os carbamatos – como, por exemplo, poliuretanas – derivados da captura de dióxido de carbono pela molécula DBN poderiam substituir tecnologias que utilizam reagentes altamente tóxicos, como o fosgênio, para preparação de compostos orgânicos usados como pesticidas e fármacos e em outras aplicações industriais.

“A possibilidade de se utilizar o dióxido de carbono para construir ou sintetizar moléculas que contêm o agrupamento carbonílico, sem a necessidade de se usar fosgênio ou isocianatos, representaria uma grande vantagem”, disse o pesquisador.

Por Elton Alisson

Agência FAPESP